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quinta-feira, 11 de abril de 2013

OUSADIA

PinscherSeus atributos não páram por aí: o Pinscher é um cão de guarda. Isso mesmo. É a menor raça de guarda. Classificada pela Federação Cinológica Internacional como pertencente ao grupo 2, cujos parceiros são, nada mais nada menos, que o Dobermann, Rottweiler, Mastife, Boxer e Dogue Alemão. E o baixote Pinscher - apresentado junto com eles nas exposições de beleza - desfila imponente entre os grandões. Como covardia é atitude que desconhece, ao se sentir ameaçado não mede conseqüências. "Certa vez, num julgamento com um Pinscher, ele 'grudou' num Rottweiler, que se aproximou, e não queria largá-lo", lembra o criador há sete anos, Nilberto Prada Burigo, do Canil Eskilate, em Blumenau. "A juíza viu naquilo uma atitude típica da valentia da raça e gostou tanto que lhe deu o título de Melhor da Exposição."
A semelhança com o Dobermann, raça famosa como guardiã, não é à toa. Ambos descendem de um mesmo ancestral, o Pinscher Standard, do qual não se têm notícias aqui. "Comparo o Pinscher ao Dobermann pela aparência e pelo temperamento. Ele rosna e ataca para defender o dono", afirma Nilberto. "É um barato um cão tão pequeno com ferocidade tão grande; é a melhor raça miniatura por reunir as qualidades de guarda e companhia." Até adestradores de cães de guarda confirmam: "A territorialidade é inata ao Pinscher; se julgar necessário, avança, mesmo sem treino", fala o adestrador da Pires Segu-rança, Carlos Rangel. "Se um estranho entra em casa, o Pinscher faz 'cara de Dobermann', rosna, arreganha os dentes e ataca", endossa Rose Mary.
É claro que o ataque de um Pinscher não detém uma pessoa adulta. Mas tanta hostilidade é um empecilho aos mal-intencionados. E o escândalo de um Pinscher diante de um suspeito é ouvido à distância. "Fico tranqüila, pois sei que a Brasinha, minha Pinscher, vai latir feito louca se encostarem na porta", garante a dona, Pérola Vieira Augusto. "É tão alerta que ao dormir parece estar ouvindo o que acontece", complementa." E está. É Vania quem confirma: "Os meus dormem com as orelhas se mexendo na direção de onde vêm os sons." Zanizar Rodrigues da Silva, que cria Dobermanns e tem um Pinscher dentro de casa, vai mais longe: "A Babalu tem uma sensibilidade incrível; late para barulhos externos antes dos cães de guarda que ficam fora de casa."

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