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sábado, 25 de maio de 2013

Grupo de taxistas adota cão no sistema comunitário em Mogi


Yellow e Neguinha circulavam pelo local há algum tempo.
Lei permite que grupos adotem animais.

Cães cuidados por taxistas em Mogi das Cruzes (Foto: Reprodução/TV Diário)
Taxistas formalizam adoção de cães de rodoviária.
(Foto: Reprodução/TV Diário)
Mogi das Cruzes ganhou mais um cão comunitário, segundo a Prefeitura. Um grupo de taxistas que trabalha no Terminal Rodoviário Geraldo Scavone, no Mogilar, já cuidava de dois cães que circulam pelo local, mas decidiu formalizar a adoção na última semana. O macho e a fêmea já tinham sido castrados, mas agora receberam um microchip para identificação permanente.
“Todo mundo ajuda um pouco, desde os funcionários da limpeza até quem trabalha ali no comércio. O Yellow e a Neguinha chegaram juntos ali e desde então começamos a ajudar. Às vezes é difícil a gente levar o cachorro para casa, porque o espaço é pequeno, ou já cuidamos de outros animais, então essa é uma de forma de dar ao bicho a sua liberdade e ao mesmo tempo os cuidados que ele precisa”, declarou Eduardo Guimarães de Macedo Braga, um dos taxistas do grupo cuidador.
O primeiro cão comunitário adotado em Mogi das Cruzes foi Jarbas Caramelo. Uma das novas donas do cão é a advogada Sandra Aparecida Monteiro. “Temos obrigações. Temos o ônus de alimentá-lo, que pra nós não é um ônus, é um prazer. Hoje ele está castrado, vacinado, ou seja, não oferece qualquer tipo de perigo para as pessoas.”
 Centro de Controle do Zoonoses participa de projeto Cães comunitários  (Foto: Guilherme Berti / Fotógrafo)Centro de Controle do Zoonoses participa de
projeto Cães Comunitários. 
(Foto: Guilherme Berti/Prefeitura)
Programa cão comunitário
A Lei Estadual 12.916 de 2008 permite que cachorros sejam adotados por grupos específicos de pessoas, que têm a responsabilidade de cuidar de um ou mais animais, sem necessariamente levá-los para casa. Essas pessoas precisam oferecer todas as condições para que os animais tenham uma vida saudável.
Em Mogi das Cruzes, desde a aprovação da lei, dez casos de adoções comunitárias foram registradas oficialmente no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
Depois que um grupo decide adotar um animal, precisa entrar em contato com o CCZ pelo telefone 4792-8585. O Centro envia um técnico ao local onde o cão circula, para verificar as condições de higiene e abrigo. Se tudo estiver regular, o animal e os cuidadores entram para o programa, que é formalizado com a assinatura de um termo de compromisso. Por último, o animal é levado ao CCZ, onde é castrado e microchipado. Dessa forma, o animal pode ser identificado pelos técnicos do Centro, na eventualidade de ele se perder e ser encontrado por outra pessoa ou grupo. “É o que chamamos de identificação permanente. Se um cão perdido chegar até nós e estiver microchipado, conseguimos ver pelo sistema a quem ele pertence”, explica o veterinário responsável técnico pelo Centro, Eduardo Kenji Odani.
No termo de responsabilidade assinado pelo grupo de cuidadores, o grupo se compromete a manter as vacinações em dia – a vacinação contra a raiva é obrigatória, e recomenda-se também as vacinas múltiplas – bem como o controle de parasitas, a proporcionar boas condições de alojamento e alimentação, mantendo a higiene do local onde o animal habita por meio de ações como recolhimento de fezes e de restos de alimentação.
Segundo a Prefeitura, os cuidadores se comprometem também a informar o Centro de Controle de Zoonoses sobre quaisquer alterações comportamentais no animal e eventuais agressões causadas, a não transmitir a responsabilidade do mesmo a outra pessoa ou grupo sem comunicar o CCZ e a cumprir todas as legislações já existentes sobre a posse responsável e o bem estar animal.

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