Um médico ortopedista foi detido suspeito de atirar dois cachorros do sexto andar de um prédio em Copacabana, zona sul do Rio, na noite desta quarta-feira (22), matando os dois animais. De acordo com a polícia, ele toma remédios contra depressão, já tentou asfixiar o filho e chegou a agredir a mulher anteriormente.
De acordo com a delegada Soraia Vaz Santana, do 12º DP, que cuida do caso, o ortopedista Rogério Povilaitis Dominguez, 51, se irritou com o barulho que o pastor alemão e o poodle faziam e os jogou do apartamento da mãe, na rua Belford Roxo. Ele estava sozinho no momento do crime. Ele alega que um vulto atirou os cães, que morreram na hora.
Ele foi autuado por prática de abuso e maus tratos contra animais, previsto no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (lei 9605/98), e, se for condenado, pode pegar de três meses a um ano de prisão. Como os animais morreram, a pena pode ser acrescida em um terço. "É um crime de menor potencial ofensivo" e, se ele assinar o termo de circunscrição, ele responde em liberdade, explicou a delegada ao UOL.
A irmã do médico disse à polícia que ele toma medicação controlada há dez anos desde quando começou a apresentar sintomas de síndrome do pânico, o que posteriormente evoluiu para depressão, segundo a delegada.
A mulher de Dominguez afirmou que ele tentou asfixiar o filho do casal, de 3 anos, em dezembro de 2012, e que já a agrediu. Nenhuma denúncia foi feita à polícia. O casal mora na Ilha do Governador, e ele foi ao apartamento da mãe nesta quarta-feira a pedido da família devido ao seu comportamento instável, conforme Soraia.
A mulher do suspeito será chamada novamente nesta quinta-feira (23) para prestar depoimento à polícia sobre as supostas agressões, ainda segundo a delegada.
O crime revoltou pessoas da região, que tentaram linchar o médico quando ele foi detido pela polícia. O suspeito foi encaminhado para o Instituto Psiquiátrico Philippe Pinel, no Botafogo, zona sul do Rio.
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